quinta-feira, 13 de outubro de 2016

No mesmo dia em que o TJ/AL decide manter o prefeito Celso Luiz afastado do comando da Prefeitura Municipal, populares protestam contra seus aliados na Câmara.

Líderes do movimento acusam 06 dos 09 vereadores de serem os principais responsáveis, depois do prefeito afastado, pelo caos administrativo em que o município se encontra ao tempo em que ignoram as irregularidades pela qual os vereadores cassaram o mandato do vice-prefeito por considerarem uma questão exclusivamente política com o objetivo de impedir o mesmo governar.

Por: Marcio Martins
Créditos: Divulgação/Facebook       

Nesta terça-feira (11) o prefeito Celso Luiz afastado pela Justiça da Comarca de Mata Grande por 180 dias sofreu uma nova derrota na tentativa de voltar ao comando da Prefeitura Municipal. Desta vez a decisão de manter o prefeito afastado foi da desembargadora Elisabeth Carvalho que em outra oportunidade já havia proferido decisão semelhante contra o gestor em outro processo pelo qual também havia sido afastado.

Com esta nova decisão, permanece no cargo o vice-prefeito Genaldo Soares Vieira, que se encontra no comando do município a mais de uma semana, mesmo assim, os alunos continuam sem aula e o comércio e os servidores contratados sem receber, pois o prefeito interino alega que não tem condições de colocar o município em ordem enquanto continuar sofrendo o que ele classificou de “perseguição” por parte de 6 dos 9 vereadores do município aliados do prefeito afastado, já os vereadores dizem que estão apenas cumprindo seu papel constitucional de fiscalizar os atos do chefe do executivo municipal, e que só por esse motivo, por duas vezes cassaram seu mandato baseados em supostas fraudes em licitações e outros atos de improbidade administrativa, porém, Vieira acabou recorrendo a justiça, que o recolocou no comando do município. Pesa ainda sobre os “ombros” prefeito interino acusações de que o mesmo estaria pagando aos servidores contratados de acordo com sua opção de voto nas eleições do ultimo dia 02, ou seja, estaria pagando apenas a quem votou em seu enteado para vereador ou no candidato a prefeito eleito, no entanto, a ausência de provas de tal irregularidade não sustenta a tese das acusações levantadas contra o gestor.

O fato é que pessoas ligadas a Vieira e ao pai do prefeito eleito, os quais acusam o grupo dos 06 vereadores ligados ao prefeito afastado Celso Luiz de serem os responsáveis diretos pelo caos administrativo instalado no município, uma vez que a mando do mesmo estariam impedindo o vice-prefeito de assumir o cargo que é seu por direito com seguidas ações “descabidas” de cassação de mandato, e que por conseqüência disso, o mesmo não teve e não teria condições de colocar a “casa em ordem”. Por esse motivo, também nesta terça-feira (11) dia de Sessão Ordinária da Câmara Municipal de Vereadores, esse mesmo grupo insatisfeito com as decisões da maioria do legislativo municipal uniu-se a alguns funcionários contratados pelo prefeito interino e a alguns pais revoltados com a paralisação de todas as escolas da rede municipal de ensino para protestar em frente à Câmara Municipal de Vereadores.

O protesto reuniu cerca de 80 pessoas que se manifestaram de forma pacifica, mas, os vereadores não compareceram a sessão, e se quer, as portas da “Casa do povo” foram abertas ao púbico, fato que causou revolta e indignação dos manifestantes, porém, isso não descaracterizou a passividade do protesto e não impediu que os manifestantes deixassem seu recado, iniciando com a leitura de uma nota de repúdio aos vereadores e finalizando com a colagem de diferentes perguntas e questionamentos aos vereadores na porta e nas paredes do prédio da Câmara Municipal.


Apesar da relevância do movimento dado o caos administrativo em que se encontra o município, vale destacar, que apesar da “revolta” popular, dos 07 vereadores que foram para reeleição já que 02 haviam desistido da disputa bem antes de “estouro” de todo o escândalo político envolvendo o prefeito Celso Luiz, 06 foram reeleitos com expressivas votações, apenas o presidente da Câmara, vereador Luciano Malta não conseguiu se reeleger, haja visto que sua candidatura havia sido indeferida pela justiça eleitoral em 1ª instância e mantida pelo pleno do TRE/AL em 2ª instância. Também merece destaque o fato que apesar da inércia da Câmara Municipal de Vereadores demonstrada pelo menos nos últimos 20 anos, nenhum movimento popular foi a uma única sessão protestar contra o aumento do número de cadeiras do parlamento municipal de 09 para 11 e muito menos para pedir a cassação do prefeito Celso Luiz dado o seu afastamento do comando da Prefeitura Municipal acusado de um “suposto” esquema de corrupção que teria desviado 10 milhões de reais dos cofres do município recebidos de precatórios da educação.

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A Redação - 11/01/2017

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