quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

COLUNA O EDUCADOR: A EDUCAÇÃO VALE APENA?


Inicio este, com uma pergunta que faço sempre quando estou lecionando, “que tipo de sociedade estaremos inseridos nos próximos dez anos”?

Eu me pergunto a cada dia, e fico muitas vezes sem resposta, se fizermos uma análise na sociedade atual, percebemos logo imediato que o individualismo é seu principal objetivo, isso, acontece dentro da casa dos próprios país, vejo, a falta da busca verdadeira, da coletividade social, são tantas coisas para uma pequena parte da sociedade e a falta de uma imensa fatia que poderia ser dividida entre todos, é meus amigos, e onde entra a educação nesse contexto?

A educação fator primordial para a formação de um cidadão intelectual capaz de no mínimo dividir seus conhecimentos, muitas das vezes, quem sabe mais o que se diz dono de todo saber é ignorante e egoísta, usa o que sabe pra se só, conhecimento é para ser vomitado e não ingeri-lo como se fosse um bague de jaca, onde o próprio estômago sofre para fazer sua digestão.

Nunca se falou tanto sobre a importância da educação num mundo globalizado e cada vez mais competitivo. O ensinar e o aprender alcançaram dimensões significativas, pois o processo ensino-aprendizagem tornou-se uma realidade presente na relação entre os sujeitos aprendentes. Alguém ensina e alguém aprende. Quem ensina aprende e quem aprende tem algo a ensinar. Nessa relação, a educação se constitui numa construção do conhecimento que é pautado na busca de novos saberes, novas práticas e significações, isso, mais parece um conto de fada, o que vocês acham? Uma fábula onde muitas vezes nem a própria criança tem determinado interesse.

A educação concebida simplesmente como transmissão de conhecimento para o aluno ou o cidadão, não respeitando a autonomia desses sujeitos não mais se sustenta. Já preconizava a respeito da educação bancária o grande educador Paulo Freire, quando afirmava ser necessário a escola ensinar a leitura do mundo. “A leitura do mundo precede a leitura da palavra” (Paulo Freire). Antes do processo de escolarização e domínio dos processos de alfabetização, os educandos trazem e refletem na sala de aula o mundo vivido por eles, sua cultura, valores e saberes, no entanto, ao chegar em sala de aula acontece uma verdadeira colisão entre o educando e o educador, todos os dias existe um campo imenso de informação que é captado pelo educando depois dos muros da escola, inevitavelmente muitas das o educador não tem condições alguma de acompanhar esses fatores, vocês sabem por que? Talvez eu possa dar uma contribuição nesta pergunta; O educador trabalha no mínimo quarenta horas semanal, qual é a mágica?Quais possibilidades ele terá de acompanhar tais evoluções no âmbito educacional e social?

Educar para uma sociedade com objetivo que ela se torne capaz de buscar seus direitos pressupõe compreender toda uma complexa realidade presente nas salas de aula. Realidade na qual os educadores se encontram e sentem-se, muitas vezes, despreparados quando a questão é trabalhar com alunos que têm algum tipo de comportamento ante social, a dificuldade que sentimos quando nos deparamos com situações desse tipo revela nossa fragilidade diante do convívio com a “diferença”. Embora tenhamos a certeza de que nosso papel enquanto educadores estão sendo bem desempenhado e de que todo cidadão tem o direito de ter acesso á informação e ao conhecimento, ainda, assim encontramos obstáculos que impedem de realizarmos um trabalho coerente com a nossa prática pedagógica. O medo do diferente e a incerteza quanto ao aprendizado de um aluno com determinados comportamentos, impossibilitam o avanço de práticas de aprendizagens relevantes em algumas situações cria-se uma barreira entre educando e educador.

A educação que vale apena, é aquela que dar subsídios para que o aluno produza seu próprio resultado e que “ele” sinta-se responsável pela sua aprendizagem, e que o verdadeiro papel dos educadores sejam em atuar como mediadores, facilitadores do processo de aprendizagem desses alunos.

É na escola, onde, o espaço se congrega valores, respeito, princípios, construção do conhecimento, todos os alunos aprendem, com ou sem deficiência, porque a escola, assim como a sociedade precisam se conscientizar de seus papéis, ajudando e lutando pela formação de novos cidadãos, com o principal objetivo, retorna-los com capacidade de enfrentamentos no meio social. Não cabe apenas à escola a exclusiva tarefa de fazer acontecer uma EDUCAÇÃO QUE VALE APENA, mas sim à família, a sociedade política, econômica, social e civil.

A instituição escolar não deve isentar-se dessa responsabilidade, mas precisa encontrar em outros atores sociais parcerias que são indispensáveis para o desenvolvimento e inserção desses futuros cidadãos na escola, no mercado de trabalho e na vida social.

Em meu entendimento, deve haver uma democratização da informação e da desconstrução de preconceitos relativos aos “educandos” é preciso que seja revisto vários conceitos com relaçãoà educação como direito de todo cidadão, é só observarmos o exemplo dos gregos que levavam ao educando conhecimentos profundos sobre todas as questões do universo... Portanto, acredito num futuro promissor para as próximas sociedades, mas, não creio que milagres vão acontecer sem as premissas que citei acima,continuo torcendo que a educação tenha seu valor reconhecido e que seja primordial na sociedade e que nela seja inserido o combustível real para o seu movimento, nesse sentido, a EDUCAÇÃO PASSARÁ A VALER APENA e novas sociedades virão com poderes intelectuais e não subalternos.

Luiz Vieira da Silva

Professor/Pedagogo/Psicopedagogo
Crédito: Reprodução/Google Imagens
25/12/2014
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8 comentários:

  1. A educação que vale apena está longe de ser inserida na sociedade, os políticos não querem o povo instruido...

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  2. Professor deveria fazer artigos relacionados a politica brasileira, escrever não e para todos, a educação passara a valer apena quando ela for vista com outros olhos não os dos politicos, a educação não e prioridade e nunca será em nosso pais, estado e municipio...

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  3. Professor, o terrivel é a forma de dirigir os recursos que vem para as escolas o aluno num ver nem a cor do investimento absurdo escolas sucateadas junta com algunsprofessores....

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  4. A educação vai valer apenas um dia, quando for feito uma boa escolha de politico por parte da sociedade, os politicos tem uma contribuição direta são eles que mandam "absurdo"

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  5. Educação não está no pensamento dos dominadores da politica nacional estadual e municipal, assim fica melhor dominar o povo trocha e sem conhecimento...

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  6. Q legal márcio ter voltado a matéria, vejo que a educação está em uma degradação total logo se reenicia as aulas será que os educadores estão otimistas? Qual o incentivo que os gestores municipais deram para esses professores? será que foi cumprido o papel tanto do educador quanto dos gestores? sei lá, aqui se falar sofre repressão!!!!!

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  7. Professor Luiz o que voce diria da atuação do prefeito CL diante do investimento feito na educação do nosso município, será que ele investiu os quase 16 milhões, faz um artigo sobre os recursos na educação...

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  8. Educação de qualidade só averar quando nossos professores forem bem renumerados.

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A Redação - 11/01/2017

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